A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), com a correalização do Serviço Social da Indústria (Sesi Nacional), realiza virtualmente neste mês de julho o “VI Encontro Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho na Indústria da Construção”. Programe-se!
Na ocasião, será lançada a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes na Indústria da Construção – CANPAT Construção 2021 com o tema “Segurança e Saúde no Trabalho: um valor para a Construção e para o Brasil”.
Confira a programação prévia:
21 de julho às 9h – Lançamento da CANPAT Construção 2021
22 de julho de 2021, às 9h – Seminário Técnico Nacional da Nova NR-18
A iniciativa tem interface com o projeto “Realização/Participação de/em Eventos Temáticos de RT/SST” da Comissão de Políticas e Relações Trabalhistas (CPRT) da CBIC, em correalização com o Sesi Nacional.
Por: Agência CBIC
Mês: julho 2021
Pelo quinto mês consecutivo, a construção civil registrou resultados positivos em seu mercado de trabalho. É o que indicam os dados de maio de 2021 do Novo Caged, divulgados nesta quinta-feira (01/07) pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, do Ministério da Economia. O setor gerou um saldo de 22.611 novas vagas com carteira assinada.
O segmento mantém o ritmo de vagas criadas em março (24.315) e abril (21.537), mas continua quase 50% inferior ao observado nos dois primeiros meses do ano (média de 44.115).
Segundo a economista do Banco de Dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos, o setor segue criando novas vagas formais em seu mercado de trabalho e permanece em recuperação do seu processo produtivo, mas num ritmo menor do que poderia. “Esse cenário reflete os efeitos de dificuldades que persistem, como a pressão exercida pelo aumento dos preços dos insumos”, destaca.
Em maio foram gerados no País, no conjunto de todas as atividades, 280.666 novos postos de trabalho com carteira assinada, o que correspondeu ao segundo melhor resultado do ano. Este número reflete o desempenho positivo observado em todos os cinco grandes setores da economia, com destaque para:
• 110.956 vagas no setor de Serviços
• 60.480 vagas no Comércio
Desde janeiro de 2021, o mercado de trabalho formal vêm registrando número de admissões superior ao número de demissões. De janeiro a maio de 2021 foram criadas 1,233 milhão de novas vagas.
“Ressalta-se a importância desses números que, apesar do agravamento da pandemia, em função da segunda onda da Covid-19, foram positivos. A redução na mobilidade da população parece ter sido menos intensa do que a registrada no primeiro semestre de 2020”, frisa a economista.
Em maio de 2021 a Construção Civil possuía 2,430 milhões de trabalhadores com carteira assinada, o que correspondeu ao maior número registrado desde janeiro 2020, quando se iniciou a nova série do Caged.
Em maio o estado de Minas Gerais foi o maior gerador de novos postos de trabalho na Construção: 4.943. O Pará surpreendeu e ficou com o segundo lugar, com 3.041 novas vagas. O destaque neste estado foi a criação de vagas no segmento de infraestrutura (2.392). São Paulo, que durante os quatro primeiros meses do ano liderou a geração de vagas no setor, em maio ocupou o terceiro lugar, com 2.546 novos postos de trabalho. Apenas quatro estados apresentaram resultados negativos no mercado de trabalho na Construção em maio: Rio Grandedo Sul (-768 vagas), Rio Grande do Norte (-219), Sergipe (-56) e Roraima (-55).
Veja íntegra de análise sobre o assunto no Informativo do Banco de Dados da CBIC.
Por: Agência CBIC
O mercado de trabalho continua muito enfraquecido, segundo dados da Pnad Contínua divulgados nesta quarta-feira (30/06) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de desemprego foi de 14,7% no trimestre registrado entre os meses de fevereiro a abril de 2021, e permaneceu em patamar recorde.
O País, nesse período, possuía 14,761 milhões de desempregados. Em iguais meses de 2020, o total era de 12,811 milhões. “Foi no início de 2021 que a pandemia ganhou mais força e foram adotadas novas medidas de restrição de atividades econômicas, com menor circulação das pessoas”, menciona a economista do Banco de Dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos.
Na construção civil, o número de pessoas ocupadas no referido trimestre foi de 5,991 milhões, o que correspondeu a uma queda de 96 mil ocupações em relação ao trimestre anterior (novembro/2020 a janeiro/2021), quando era de 6,088 milhões.
A despeito da PNAD envolver o mercado de trabalho formal e informal, é importante destacar que o Caged, divulgado pelo Ministério da Economia, já tinha demonstrado, para os meses de março e abril, menor impulso na geração de vagas no setor, em relação aos dois primeiros meses do ano. “Esse foi um reflexo das incertezas vivenciadas pelo setor, especialmente em função do elevado incremento nos seus custos”, menciona a economista da CBIC.
De uma forma geral, “a recuperação do mercado de trabalho depende de uma melhora consistente na economia, o que, para acontecer precisa, necessariamente, do avanço no processo de vacinação. Vale destacar que as projeções para o crescimento da economia brasileira neste ano estão melhorando e já alcançam o patamar de 5%”, diz.
Por : Agência CBIC
“A nova Lei de Licitações e sua repercussão na construção civil” foi o tema do painel de encerramento do VI Seminário Jurídico da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), nesta quarta-feira (30). Carlos Eduardo Lima Jorge, presidente da Comissão de Infraestrutura (Coinfra) da entidade; Marcos Nóbrega, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco; e José Múcio Monteiro, ex-presidente do Tribunal de Contas da União, falaram sobre o assunto.
De acordo com os participantes do debate, a Nova Lei de Licitações, promulgada em abril de 2021, cria um novo marco legal para a realização das licitações e contratações públicas. A norma passará por um período de transição, durante o qual a sua aplicação será opcional e coexistirá com outros diplomas legais, e, somente a partir de 1º de abril de 2023, as regras nela previstas passarão a ser exclusivas e obrigatórias.
Segundo o presidente da Coinfra/CBIC, Carlos Eduardo Lima Jorge, o sentimento predominante no setor foi de desagrado com a nova lei. Afinal, a expectativa do setor da construção civil em ver sanados diversos problemas enfrentados com a antiga legislação, a nova Lei de Licitações, à exceção de algumas inovações mais significativas, como a modalidade diálogo competitivo e a possibilidade de utilização de meios alternativos de prevenção e resolução de controvérsias, manteve, sob um aspecto geral, algumas incertezas e riscos historicamente enfrentados por parte dos empreendedores que se relacionam com a administração pública.
“Talvez por ter tido tantos anos de discussão no Congresso Nacional, a expectativa do setor era de uma lei que fosse menos burocrática. E também que reduzisse a assimetria da relação entre as administrações públicas e o setor privado. Eu, particularmente, considero difícil que a nova lei fosse menos extensa e complexa na medida em que ela pretendeu reunir em um único diploma legal diversos dispositivos da Lei de Licitações, a Lei de Concessões, a Lei das PPPs, a Lei do Pregão, a Lei do Regime Diferenciado de Contratação, entre outras”, disse.
Carlos Eduardo também considera que a nova lei trouxe avanços e pontos positivos, mas ressalta que alguns dispositivos da lei são preocupantes e com outros dispositivos vetados impediram a superação de problemas crônicos nas licitações de obras públicas.
Para o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco, Marcos Nóbrega, a grande inovação da nova lei está nos procedimentos auxiliares, como o cadastramento, o credenciamento, pois vão servir de base que estarão no Portal Nacional de Contas Públicas.
“É importante dizer que a nova Lei de Licitações traz ferramentas novas que precisamos utilizá-las. A gente não pode apenas ficar olhando no retrovisor jurisprudencial, tem de olhar para a frente e usar com moderação a jurisprudência do passado. Precisamos estudar mais a teoria dos leilões, da informação, dos contratos, dos custos de transação. Estamos 50 anos atrasados na teoria dos contratos e na teoria das licitações para aplicar em obra pública. Há uma janela de oportunidades, de fato, para melhorarmos a doutrina brasileira sobre licitação”, afirmou Nóbrega.
Já o ex-presidente do Tribunal de Contas da União, José Múcio Monteiro, se apresentou como um entusiasta da nova lei. “Nós mudamos, conseguimos mudar. Não podemos ser o resto da vida viúvas da Lei nº 8.666. Há outros países que avançaram nessa área. As seguradoras devem se adequar a isso, porque países da Europa como Holanda, Bélgica e França já avançaram demais nessa área e eu sou um defensor em um país que existe uma absoluta insegurança jurídica”, concluiu.
O evento tem interface com o projeto “Segurança jurídica na indústria da construção” do Conjur/CBIC, com correalização do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional).
Por: Agência CBIC