Em abril, a construção civil criou 22.224 novas vagas com carteira assinada em todo o País. Esse foi o menor saldo de postos de trabalho gerados pelo setor em 2021, conforme os dados do novo Caged, divulgados nesta quarta-feira (26/05) pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, do Ministério da Economia.
A média de 44.327 novos empregos formais, registrada no primeiro bimestre do ano, caiu para 23.215 nos meses de março e abril. “O setor reduziu em quase 50% o ritmo de criação de vagas”, destaca a economista do Banco de Dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos.
“O número de trabalhadores admitidos na construção em abril (146.389) foi o menor do ano. Portanto, fica evidenciado que o mercado de trabalho da construção civil perdeu dinamismo”, completa.
Em abril, o estado de São Paulo foi o maior gerador de novas vagas na construção (5.859), seguido por Minas Gerais (2.340), Goiás (2.165), Santa Catarina (2.021) e Paraná (2.021).
Neste mês, apresentaram saldos negativos: Sergipe (-173), Roraima (-209), Amapá (-220) e Rio Grande do Norte (-453).
Aumento nos custos da construção reflete no mercado de trabalho
Na avaliação da economista, o aumento exagerado nos custos da construção e a falta de previsibilidade de uma solução definitiva para esse problema têm levado os empresários do setor a adiar novos empreendimentos. Esse movimento reflete no mercado de trabalho e contribui para resultados menos expressivos na geração de vagas.
No entanto, segundo Vasconcelos, não se pode atribuir o resultado do mercado de trabalho na construção, em abril, ao agravamento da pandemia da Covid-19, já que o setor, que é essencial, continuou trabalhando.
O informativo integra o “Projeto Banco de Dados da CBIC” da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em correalização com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional).
Confira íntegra de análise sobre o assunto no Informativo Econômico do Banco de Dados da CBIC.
Por: Agência CBIC EM 26.05.2021