O Banco Mundial disse em relatório que Vitória e Recife são os piores lugares para fazer negócios no Brasil. São Paulo e Belo Horizonte são os mais benéficos para as pequenas e médias empresas.
De acordo com o estudo, São Paulo é a capital do Brasil que tem a maior pontuação para fazer negócios, com 59,1 pontos. Em seguida, Belo Horizonte (58,3 pontos), Boa Vista (58,3 pontos), Curitiba (57,3 pontos) e Rio de Janeiro (57,1 pontos).
As piores são Recife (51 pontos), Vitória (51,7), Macapá (52,3), Salvador (52,5) e Belém (52,7).
O relatório Doing Business Subnacional analisou todas as capitais do país para medir as regulamentações e o ambiente de negócios que se aplicam a pequenas e médias empresas nacionais.
No ranking comparativo com outros países, e que só leva em consideração as capitais do Rio de Janeiro e São Paulo, o Brasil está em 124º lugar, entre 190 nações.
De acordo com o Banco Mundial, foi a 1ª vez que esse processo foi feito no país e 5 critérios foram analisados para a realização dos negócios:
abertura de empresas;
obtenção de alvarás de construção;
registro de propriedades;
pagamento de impostos;
execução de contratos.
Segundo o Banco Mundial, a complexidade dos processos é um grande desafio para os empresários brasileiros. “Em todas as áreas que medimos, há presença dos governos municipais, estaduais e federal. Muitas vezes, esses processos são fragmentados e não há muita coordenação entre os diferentes órgãos envolvidos”, afirmou Laura Diniz.
No Brasil, são necessários, em média, 11 procedimentos para abrir uma empresa. As capitais do Pará, Paraná, Piauí e Maranhão são as que têm os melhores desempenhos nesse índice, com 2 procedimentos a menos do que a média, enquanto a de Goiás é a pior, com 16.
Nas 27 localidades medidas, as empresas gastam em média 1.493 horas por ano para pagar tributos, podendo chegar 1.501 horas em algumas capitais. Há 97 obrigações tributárias, sendo que a maior carga provém de impostos e contribuições federais.
Por: Expedito Perônico, jornalista e colunista de política.
Fonte: Banco Mundial.