O apoio a pequenas, médias e grandes empresas, o acesso ao crédito público e privado, além da qualificação e contratação de mão de obra foram alguns dos temas discutidos por empresários e políticos na abertura do Fórum Norte-Nordeste da Indústria da Construção (FNNIC). Iniciado nesta quinta-feira (17), o evento é sediado em Macapá e conta com representantes dos 16 estados das duas regiões.
A abertura do fórum, na sede do Sebrae Amapá, contou com o ministro do Desenvolvimento Regional Rogério Marinho e o secretário nacional de Habitação, Alfredo Eduardo dos Santos.
Marinho destacou a importância do setor para a criação de empregos formais durante a pandemia.
“Este é um momento importante de troca de experiências, de troca de impressões a respeito de um setor que é o mais dinâmico, aquele que mais emprega de forma intensiva, aquele que consegue alavancar e catapultar nosso país”, declarou Marinho.
Entre as principais discussões do fórum, estavam as limitações geográficas e disparidades financeiras entre as empresas nacionais e locais nas disputas por obras públicas e privadas.
“Queremos que os estados se preocupem que as pequenas e médias empresas participem das obras, viabilizar obras menores, permitir consórcios nas licitações, facilitar para que as empresas locais participem e possam crescer”, destacou Marcos Holanda, presidente do Fórum, promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
Holanda ressaltou ainda o poder político em meio à liberação de recursos e formulação de iniciativas públicas para tanto oferta de crédito a quem quer construir, quanto de incentivos às empresas para contratar.
“Estrutura política de aliar ao Norte e Nordeste para que a gente tenha recurso para dar continuidade às obras. O que o empresário quer não é benesses, é que sejam estruturados canais para que os empreendimentos aconteçam”, reiterou.
A proposta é que ao final das discussões, na sexta-feira (17), os envolvidos tenham conhecimento das dificuldades e dos potenciais investimentos para o setor e garantir que os recursos destinados sejam de fato aplicados.
“Macapá cresceu. Nas décadas de 1940 e 1950 a cidade era um descampado, foi a construção civil que transformou Macapá na cidade joia da Amazônia. Sediar esse encontro é um reconhecimento do papel da construção civil na restruturação. Ao mesmo tempo, temos metade da nossa população abaixo da linha da pobreza e investir na construção civil é fundamental”, pontuou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
A capital do Amapá, sede do evento, será a primeira cidade do país a ter um programa próprio de habitação popular com recursos de emendas parlamentares. O “Casa Macapá” atuará com o financiamento de imóveis e construção de conjuntos habitacionais.
“Visa fomentar a construção civil, dando subvenções para as pessoas, ou seja, a entrada, o valor inicial da casa para que as pessoas adquirir seu imóvel. No primeiro momento, com recursos de emendas parlamentares, do senador Randolfe Rodrigues e do deputado Acácio Favacho”, explicou o prefeito Dr. Furlan, que apresentou a iniciativa no Fórum.
Além dos recursos de emendas, a prefeitura prevê aplicar recursos do tesouro municipal no programa, destinado especificamente a servidores públicos e famílias de baixa renda sem moradia própria.
Por Rede Amazônica — Macapá